Uma história incrível

Uma nova história incrível. A advogada Luisa Maranhão circulava em seu carro na Avenida Rodrigues Alves, zona portuária do Rio, e tocava uma música sob o título O Bandido do Rio, com críticas contundentes a situação atual no Rio de Janeiro. O texto diza que pelas bandas cariocas “preto, pobre e periférico são inimigos, caçados como animais!”.

E aí, qual não foi a supresa da advogada, como contou no Facebook, quando o carro foi interceptado por um Toyota preto onde se encontrava nada mais nada menos que o Prefeito Eduardo Paes, o tal que volta e meia aparece na tela da Globo tentando passar a imagem de bem educado e benfeitor da cidade que gere,.

 Com o carro interceptado, Luiza teve de parar e ficou espantada, segundo relata, ao ver o Prefeito filmando o interior e o exterior do veículo com um telefone celular. De forma pouco cordial, Paes indagou quem a havia contratado para colocar aquela música no carro.

 Ela diz ter respondido que “sou contribuinte, pago imposto na cidade, tenho direito à expressão, o que vocês e seu grupo do PMDB estão fazendo na cidade é brincadeira, Paes! Vocês, pela Guarda Municipal, as remoções, o Cabral, a Policia Militar, é abominável! Vocês suprimiram qualquer voz! Vocês sufocaram qualquer possibilidade de voz pela parte do povo”.

 O relato da advogada Luiza Maranhão teve grande repercussão nas redes sociais. A Aldeia Maracanã, por exemplo, comentou: “Alguém que só fala a língua do dinheiro não consegue imaginar que uma pessoa possa ter qualquer ideologia ou exprimir qualquer opinião sem estar levando alguma vantagem (…). Um recado para Paes, claro.

Pode ser que alguém até coloque em dúvida a veracidade do relato, mas dificilmente uma pessoa inventaria um fato desta natureza e o exporia para milhares de internautas, ainda mais uma advogada, que sabe perfeitamente as consequências de postar uma história inventada,e ainda por cima denunciando uma autoridade como o Prefeito do Rio de Janeiro.

Denúncia sobre violência em um Quilombo na Bahia

 A casa do morador do Quilombo Rio dos Macacos, Luiz Oliveira, 52 anos, foi destruída, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.

 A irmã do quilombola, Olinda Oliveira, conta que cerca de 20 fuzileiros navais invadiram a comunidade e derrubaram a residência.

 O fato teria ocorrido por ocasião de uma reunião de validação da construção de uma estrada independente de acesso ao quilombo. Atualmente, os moradores da comunidade precisam passar por uma guarita pertencente à Marinha.

 Os militares teriam aproveitado a dispersão da comunidade, em reunião com o Comandante da II Base Naval de Aratu, Almirante Nazareth e o chefe de gabinete do Ministério da Defesa, Antonio Lessa, para invadir o quilombo.

 A denúncia deve ser apurada com o máximo rigor e informado de quem partiu a ordem para a ação truculenta dos fuzileiros navais.

 Jornalista defende justiça pelas próprias mãos

 A que ponto chegou o jornalismo na televisão do gênero que cultiva a violência e tem lucro com isso. A âncora de um programa jornalístico da TV SBT, Rachel Sheherazade, simplesmente defendeu a justiça pelas próprias mãos. No último dia 4, Rachel violou os direitos humanos e o código de ética dos jornalistas ao afirmar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível”.

 Ela se referia a um episódio ocorrido no Aterro do Flamengo em que um grupo de “justiceiros” da classe média amarrou em um poste um menor que estaria cometendo um delito.

 Esta gente passa por cima da lei e precisa ser punida. Os maurícinhos canalhas vão contratar advogados a peso de ouro para se livrar das penas a que estão sujeitos com o crime cometido.

 Quanto a jornalista Rachel Sheherazade vai ter de enfrentar o Código de Ética a que estão sujeitos jornalistas que ferem a ética durante o exercício da profissão. Os Sindicatos de Jornalistas do Estado do Rio e também do Município do Rio de Janeiro vão julgar na Comissão de Ética o procedimento de apologia à justiça pelas próprias mãos, que fere o Estado democrático.

 Violência vende e dá lucro?

As últimas semanas têm demonstrado que as inúmeras ocorrências policiais em vários Estados batem recordes. Os noticiários dos canais de televisão têm dado grande destaque a fatos desta natureza. Fazem lembrar dos tempos em que no Rio de Janeiro existiam jornais do gênero que saía sangue.

 A diferença é que naqueles tempos a violência estampada era impressa e hoje a predominância é das imagens nos veículos eletrônicos.

 Uma pergunta que não quer calar: qual o critério da ênfase da apresentação da violência? Violência com as apresentadas vende, dá lucro?

 Perda lamentável e irreparável

 Uma perda lamentável e irreparável para o cinema brasileiro e para a cidadania: o assassinato brutal do cineasta Eduardo Coutinho, o maior documentarista do país e para muitos analistas, do mundo.

 Mediocridade a toda prova

 Índio da Costa, agora no PSD, novo secretário do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, é uma prova concreta de como é medíocre o governo Sérgio Cabral. A sua nomeação atende a exigência de composição para as eleições de outubro próximo. O que menos conta, claro, é o Meio Ambiente. O que conta mesmo é o apoio do PSD à candidatura do PMDB ao governo do Estado do Rio de Janeiro.

 Crítico ao tucanato está preso em Minas Gerais

 Está preso em Minas Gerais o jornalista Marco Aurélio Flores Carone. Ele é um opositor dos tucanos mineiros, sobretudo Aécio Neves, e está sendo acusado absurdamente pelo Ministério Público Estadual de “integrar uma quadrilha”.

 Sob este pretexto, a publicação eletrônica Novo Jornal, editada por Carone, está sendo objeto de restrições à liberdade de imprensa.

 O jornalista Geraldo Elísio Machado Lopes, vítma de ação repressiva de busca e apreensão em sua casa por  ser ex-colaborador do Novo Jornal, de onde se afastou há sete meses para  editar livros, acusou o ex-governador  Aécio Neves e sua e sua irmã Andréa  Neves de serem os responsáveis pelos atos de perseguição à  publicação.

 Lopes contou que um delegado do  Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), que nem  apresentou o nome, e mais três policiais que o acompanhavam, com  uma autorização judicial de busca e  apreensão levaram um netbook, pendrive, cds e cadernetas de  telefone.

 Esta história precisa ser acompanhada de perto e merece o repúdio dos verdadeiros defensores da liberdade de imprensa, porque se a moda pega, opositores a governos, como no caso de Minas Gerais, podem ser censurados sob os mais variados e absurdos pretextos.

 Copa do Mundo e a proibição na Globo de “pautas positivas”

 Este informe foi divulgado em um site da internet e revela que os coordenadores de cobertura da Copa de todas as afiliadas da Rede Globo foram orientados a transmitir a repórteres e editores a mensagem de que a Copa e a seleção brasileira são uma paixão nacional, mas que irregularidades deverão ser denunciadas e “pautas positivas” deverão ser evitadas, a não ser que “surjam naturalmente”.

 Pergunta-se, qual o motivo de não serem permitidas “pautas positivas”? E qual é exatamente o conceito da emissora de “pautas pósitivas”?

 Resta agora aguardar o desenrolar dos acontecimentos, ou seja, a cobertura dos telejornais sobre a Copa e analisar o verdadeiro motivo da recomendação.

 MST realizará em Brasília VI congresso nacional

 O MST estará realizando em Brasília, de 10 a 14 próximos, o VI congresso nacional. Estão sendo aguardados 15 mil camponeses e camponesas sem terras de 24 estados brasileiros para debater questões importantes da cidadania e que dizem respeitos a todos os brasileiros.

 Quem quiser colaborar com o fortalecimento da importante atividade poderá depositar R$ 100,00 na conta do Instituto Cultivar – Instituto Nacional para o Desenvolvimento Social e Cultural do Campo (CNPJ: 11.586301/001-65; Banco do Brasil – agência 0383-2 – São Paulo; conta corrente: 33966-0.

 Ao fazer a doação você estará ajudando no deslocamento dos 15 participantes do congresso que chegarão a Brasília dos mais diversos e longínquos pontos deste continente chamado Brasil.

Mário Augusto Jakobskind, jornalista e escritor
jakobskind@terra.com.br


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